O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Marco Aurélio Wermann fala do Plano de Mobilidade de Estrela-RS


Empresários de transportes públicos, taxistas, ciclistas, representantes de entidades e cidadãos interessados no tema participaram, na noite de quarta-feira, na Câmara de Vereadores, de audiência pública para apresentação do Plano Diretor de Mobilidade Urbana. Um trabalho de seis meses realizado pela empresa PróCidades Consultoria, vencedora da licitação, analisou os principais gargalos do trânsito de Estrela e apresentou sugestões de obras de curto, médio e longo prazo, projetando a cidade para 20 anos.

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Marco Aurélio Wermann, que encomendou o plano, disse que o trabalho agora deve ser analisado pela comunidade. “Temos o olhar técnico, as soluções apresentadas, agora formaremos uma comissão para estudar profundamente cada intervenção, afim de que se torne não apenas um planejamento para ficar no papel e sim ser implantado e virar lei municipal, sendo seguida pelas gerações futuras de administradores”, ressalta.

No diagnóstico, a mestre em arquitetura urbanística Ida Bianchi apresentou os pontos já saturados no trânsito, como no trevo de acesso ao município, na entrada do bairro Boa União, na sinaleira da ponte alta do Oriental e na junção da Coronel Brito com a Coronel Müssnich, alguns destes pontos com o fluxo de mais de 1,4 mil veículos/hora. Outro problema identificado é a falta de ligação direta entre os bairros. “Os moradores precisam passar pelo Centro da cidade para se deslocar de um bairro para outro, o que satura ainda mais o trânsito”, ressalta. Ida lembrou que o centro histórico da cidade possibilita poucas interferências. Para ela, o mais importante é identificar para onde a cidade vai crescer no futuro e projetar a mobilidade urbana para tal.

Entre as soluções apresentadas no Plano Diretor de Mobilidade Urbana está a construção de um anel viário que circundaria a cidade no limite do perímetro urbano. Vias arteriais interligariam os bairros aos centro e vias coletoras fariam a travessia entre bairros. “São obras de grande vulto, para serem realizadas nos próximos 20 anos, mas que possibilitariam Estrela crescer de forma ordenada”, enfatiza Ida. Ela citou o exemplo da Terceira Perimetral, em Porto Alegre, projetada em 1959, mas executada apenas nos anos 2000 e que hoje é fundamental para a mobilidade na capital.

Além do fluxo de veículos, o plano contempla também a instalação de ciclovias e ciclofaixas e também estratégias para facilitar o fluxo de pedestres, especialmente no centro da cidade, onde a prioridade seria para quem circula a pé.­

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