Leandro Vuaden fala sobre críticas


Antes de viajar para o Chile, onde apitará Universidad de Chile x Penãrol pela Libertadores amanhã, Leandro Vuaden conversou com zhEsportes na manhã desta segunda-feira. Receptivo, o árbitro afirmou que só se manifestará sobre as polêmicas da partida entre Grêmio e Cruzeiro-POA na quarta-feira após rever o jogo.



Confira trechos da entrevista:

ZH - Você já reviu o jogo?
Vuaden - Não, eu acabei de fazer a súmula e estou saindo de viagem. Assim que eu tiver acesso a tudo o que aconteceu e o que foi dito, com certeza vou me manifestar.


ZH - Então você ainda não tomou conhecimento das críticas feitas à sua atuação?
Vuaden - Não, mas mesmo não sabendo o que foi dito eu penso assim: vivemos em uma democracia e eu, inserido neste contexto do futebol, estou sujeito a isso. Se eu fosse dirigente eu teria a mesma reação. É fácil falar do árbitro, é conveniente, é interessante.


ZH - Você vai apitar amanhã? Quando podemos falar novamente?
Vuaden - Daqui a meia hora eu viajo. Vou apitar Universidad de Chile e Peñarol às 21h30min, amanhã. Me liga quinta, ou melhor, quarta no fim do dia e daí nós conversamos com o maior prazer.

Grêmio faz duras críticas a Vuaden

Odone se manifesta sobre lesão de Kleber: "Não foi um evento acidental" Adriano de Carvalho/
Na manhã desta segunda-feira, o presidente Paulo Odone concedeu entrevista coletiva no Estádio Olímpico e se manifestou sobre a lesão sofrida por Kleber na partida contra o Cruzeiro-POA, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo, neste domingo. Com fratura na fíbula do tornozelo direito, o atacante ficará afastado do time tricolor de quatro a cinco meses. O jogador será operado pelo médico Márcio Bolzoni nesta segunda, às 17h30min, no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre.

Odone criticou as disputas violentas vistas nos jogos disputados pelo Gauchão e afirmou que a arbitragem é tolerante com a situação.

– Isto não foi um evento acidental. Foi algo que culminou com um processo que vem desde o início do Gauchão. A gente que faz todos estes investimentos se vê passivo de um futebol, que longe de ser disputa, de pegada, passou a ser de violência - criticou Odone.

O presidente gremista também lembrou a lesão do lateral-direito Mário Fernandes para justificar seu ponto de vista. Para Odone, a tolerância da arbitragem faz com que os jogadores acabem confundindo

- O Grêmio perdeu o Mário Fernandes por três meses em uma disputa violenta em um Gre-Nal aqui dentro do Olímpico. Durante o campeonato, a alegria da torcida em ver o Kleber jogando não se alterna com a visão de sendo parado na base da violência em todos os jogos. Com a complacência da arbitragem, isso é um estímulo à violência no campeonato. Quando ontem ele teve a jogada em que ele teve a fíbula partida, foi uma consequência disso tudo. Os jogadores começam a confundir pegada com violência no Gauchão. Nós deixamos de vender o Mário Fernandes por 11 milhões no início do ano. E não estamos contando com ele por conta dessa violência, que fica impune - disse o presidente do Grêmio.

Por conta da lesão, Kleber ficará fora de todo o restante do Gauchão e da Copa do Brasil. Só deve voltar no mês de agosto, quando o Grêmio terá somente o Brasileirão e a Copa Sul-Americana por disputar. Odone classifica o custo da lesão de Kleber para o Grêmio como algo "brutal".

- O que aconteceu ontem foi algo que estava anunciado. Quem viu o Kleber apanhar, o que vai dizer para o Kleber agora no hospital. O custo para ele é algo brutal. É o maior castigo na vida de um jogador. Ele vai precisar de muita força dos companheiros e da torcida - completou Odone.

O presidente gremista também cobrou uma forte intervenção da Federação Gaúcha de Futebol. Odone chega a comparar a violência do Gauchão com uma luta de MMA. Entretanto, diz que o clube não abandonará a disputa do Gauchão deste ano. Mas pode rever sua participação na disputa no ano de 2013.

- Este campeonato nós não vamos deixar. Vamos mobilizar o vestiário para dar a resposta dentro de campo. Mas deixo claro para a federação, que se os critérios não forem alterados, o Grêmio não deve participar mais deste campeonato - disse Odone, para completar:

- Não consideramos isso um acidente. Achamos que foi a conclusão de uma série de atos. E isso virou estímulo para esta forma de parar jogadas. E assim não se disputa campeonato. Um prejuízo forte para o clube. Isso não é bom para o futebol gaúcho. Ou a federação faz essa intervenção, ou o Grêmio não pode jogar futebol desse jeito. A gente está jogando UFC ou qualquer outra coisa. Ou a federação muda, ou o Grêmio vai repensar sua participação no Gauchão no ano que vem. Vai ser o nosso último esforço.

Odone descartou a contratação de reforços estrangeiros até a próxima janela para clubes europeus no meio do ano. Para a disputa do Brasileirão e da Copa do Brasil, o grupo não deve receber novos jogadores.

- A gente teve aí a Copa do Brasil como uma opção para garantir uma copa na Libertadores. Vamos fazer força para ganhar essa Copa. Vamos ver como iremos até o fim nessa copa. Se puder reforçar, reforça, mas vamos ver como vamos repor aqui. Por isso, talvez, tenha atingido mais. O Kleber é um jogador voluntarioso. Forte, um touro que aguentava as faltas. Mas uma lesão como essa é um crime para o futebol - diz o presidente.

O presidente também sinaliza o veto para o árbitro Leandro Vuaden, que apitou a partida diante do Cruzeiro-POA e de qualquer árbitro que seja complacente com a violência dentro de campo.

- Tem que ser o Vuaden e a arbitragem geral do Gauchão. Ele parece ter uma regra própria para apitar. Mas não foi só ele não. O Kleber levou porrada em todos os jogos do campeonato. É algo geral - complementa Odone.

Após a vitória diante do Cruzeiro-POA neste domingo, o grupo do Grêmio folga nesta segunda. Os jogadores devem se reapresentar na tarde desta terça-feira para iniciar a preparação para a partida contra o Avenida, nesta quinta, no Olímpico, a partir das 21h10min.

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